Publicado em 05/09/2018

Identidade: a demanda por dignidade e a política do ressentimento

Em 2014, Francis Fukuyama escreveu que as instituições americanas estavam em decadência, já que o Estado foi progressivamente capturado por poderosos grupos de interesse. Dois anos depois, suas previsões foram confirmadas pela ascensão ao poder de uma série de pessoas de fora da política, cujo nacionalismo econômico e tendências autoritárias ameaçavam desestabilizar toda a ordem internacional. Esses nacionalistas populistas buscam uma conexão carismática direta com “o povo”, que geralmente são definidos em termos "estreitos" de identidade, que oferecem um chamado irresistível a um grupo interno e excluem grandes partes da população como um todo. A demanda pelo reconhecimento da identidade de alguém é um conceito que unifica muito do que está acontecendo na política mundial hoje. O reconhecimento universal em que se baseia a democracia liberal tem sido crescentemente desafiado por formas mais estreitas de reconhecimento baseadas em nação, religião, seita, raça, etnia ou gênero, que resultaram em populismo anti-imigrante, aumento do Islã politizado, "Liberalismo de identidade" dos campi universitários e o surgimento do nacionalismo branco. O nacionalismo populista, que normalmente afirmam estar enraizado na motivação econômica, na verdade vem da demanda por reconhecimento e, portanto, não pode simplesmente ser satisfeito por meios econômicos. A demanda por identidade não pode ser transcendida; devemos começar a moldar a identidade de um modo que apóie - e não enfraqueça - a democracia. Identity: The Demand for Dignity and the Politics of Resentment, é um livro urgente e necessário - um aviso agudo de que, a menos que forjemos uma compreensão universal da dignidade humana, estamos condenados ao contínuo conflito. Para mais detalhes, acesse: https://www.amazon.com.br/dp/B0796WDX5G/