Publicado em 12/04/2016

Robôs vão tomar o seu trabalho e isso não é a má notícia

Empresários do Vale do Silício já consideram a automação de 60% dos empregos disponíveis nos Estados Unidos como algo inevitável. Dada a velocidade dos avanços tecnológicos no último e no atual século, previsões semelhantes não são nenhuma novidade. Por que pagar mais a uma pessoa pela execução de um serviço se custa mais barato utilizar uma máquina para fazê-lo?

A escritora Laurie Penny, uma das editoras da New Statesman, escreveu um artigo onde propõe uma análise da questão da automação dos serviços sob um viés particular, que pode ser introduzido neste trecho: "o problema não é a tecnologia. O problema é o capitalismo. O problema é que, a fim de vender a necessidade de globalização a sete bilhões de pessoas, nós criamos um universo moral onde as pessoas que não trabalham para criar lucro são consideradas menos que humanas, e usadas como mão de obra excedente para reduzir o custo de salários. (...)  Se o nosso sistema econômico define a base do valor humano como a capacidade de fazer trabalho pesado para gerar lucro para outras pessoas, então a pergunta que tem incomodado escritores de ficção científica por um século está resolvida: não só são os robôs humanos, eles poderão em breve ser mais humanos que nós".

Examine as considerações de Penny no artigo: http://www.newstatesman.com/politics/sport/2016/04/fascist-architecture-still-hosting-italys-sporting-events