Publicado em 22/12/2015

Jack Welch – O CEO preferido da mídia


Ao longo de duas décadas como CEO da General Electric, a persona que Jack Welch criou para si mesmo redefiniu modelos de negócios do mundo todo. Agressivo e cruel para uns, justo e inovador para outros, o método de Welch passou a ser ensinado em universidades dos Estados Unidos nas décadas de 80 e 90. Pudera: ao longo de sua gestão, ele aumentou o valor da GE de 13 bilhões de dólares para 400 bilhões e foi nomeado como o “Manager of the Century” pela revista Fortune.

Nascido em Massachusetts em 1935, Jack começou sua carreira na GE como engenheiro químico em 1960 e, em 1981, tornou-se o mais jovem CEO e chairman da história da empresa. Ele tinha pouca paciência para burocracia e métodos tradicionais de fazer negócios. Tudo e todos na GE precisavam levar a lucros. Gerentes que não trabalhassem de acordo com suas expectativas eram substituídos sem cerimônias por quem seguisse se adaptar a mudanças constantes e não medir esforços para alcançar os melhores resultados.

Se os negócios da GE não fossem os mais bem sucedidos em suas respectivas áreas, Welch os vendia sem pensar duas vezes. E foi assim que mais de cem mil funcionários da GE perderam seus empregos ao longo da liderança de Welch. A ascensão do CEO foi marcada pelo início do fascínio norte-americano por grandes líderes empresariais, em que executivos viravam quase celebridades – e Jack era o preferido da mídia. Não é difícil de entender o motivo. Ele é a personificação do modo americano de lidar com os negócios, com sua alta competitividade e sua obsessão por crescimento e resultados. Seu modo de liderança o rendeu o apelido de “Neutron Jack”, uma alusão à bomba que extermina pessoas, mas sempre deixando edifícios intactos.

Mas agora, quase 15 anos após sua saída da GE, ele tenta desconstruir sua imagem durona: “Eu não estava tentando ser maior do que a vida, o que eu queria era me conectar com todas as pessoas da empresa e fazer com que elas se importassem da mesma forma que eu me
importava”, declarou à Harvard Business Review. Tendo afirmado várias vezes que sua maior fonte de inspiração foi sua mãe, a vida de Welch é constantemente lembrada quando se fala em meritocracia, já que ele teve origem humilde e acabou se tornando o CEO mais famoso do século.

Em sua biografia, Jack conta que o maior orgulho de sua carreira foi a influência que exerceu em milhares de pessoas que “foram recompensadas em suas almas e carteiras” pelos seus métodos. Trata-se de um homem que desperta a curiosidade não apenas de aspirantes
do mundo dos negócios, e prova disso são os mais de doze livros que foram escritos a seu respeito.

Quando saiu da GE, Jack recebeu um pagamento final de 417 milhões de dólares – o maior da história.